1) Como escolher seu scooter elétrico
Antes de comprar, defina seu uso principal: urbano leve (curtas distâncias), performance (velocidade e autonomia maiores) ou premium (conforto e potência). Em seguida, ajuste o orçamento e priorize os critérios abaixo.
Checklist rápido (o que priorizar)
- Autonomia real vs. trajeto diário (deixe 30% de margem).
- Velocidade compatível com vias e segurança.
- Peso e dobragem (transporte, elevador, porta-malas).
- Freios (a disco / tambor + eletrônico) e pneus (cheios x maciços).
- Rede de assistência e peças disponíveis no Brasil.
Regra de ouro
Some sua quilometragem diária + 30% de folga. Se você percorre 12 km/dia, busque autonomia nominal ≥ 16 km para evitar “ansiedade de bateria”.
Tabela de decisão por perfil
| Uso | Potência | Autonomia | Peso | Recursos-chave | 
|---|---|---|---|---|
| Cidade (até 8 km) | 350–600 W | 15–30 km | ≤ 15 kg | Dobragem fácil, pneus maciços ou 8,5–10” | 
| Interbairros (10–20 km) | 700–1100 W | 30–60 km | 15–28 kg | Pneus infláveis 10”, freio a disco, suspensão | 
| Longo alcance | 1500–3000+ W | 60–120 km | 25–45 kg | Amortecedores, deck amplo, dupla pinça | 
Atenção aos números “de laboratório”
Autonomia e velocidade máximas são medidas em condições ideais. Fatores como peso do condutor, subidas, vento e piso reduzem os resultados no mundo real.
2) Manutenção básica: checklist mensal
Manutenção preventiva evita sustos e aumenta a vida útil. Reserve 20–30 minutos por mês para revisar os itens abaixo.
Checklist
- Pneus: calibragem (se infláveis) e desgaste; troque quando lisos.
- Freios: curso da alavanca, pastilhas e cabos; ajuste folga.
- Parafusos e dobradiças: aperto com torque leve; Loctite azul se necessário.
- Suspensão: ruídos e vazamentos.
- Direção/guidao: folga no colarinho; ajuste conforme manual.
- Iluminação e campainha: teste farol, lanternas e buzina.
- Limpeza: pano úmido (sem jato d’água); seque conectores.
Ferramentas úteis
- Jogo Allen (2–6 mm), chave de boca 10/13 mm.
- Chave de fenda/Phillips, alicate de pressão.
- Bomba de pé c/manômetro (pneus infláveis).
- Trava-rosca média e graxa para rolamentos (quando aplicável).
Periodicidade sugerida
- Sempre: limpeza rápida após chuva e checagem visual.
- Mensal: checklist completo acima.
- Semestral: desmontagem parcial (freios/suspensão) se uso intenso.
3) Bateria: como cuidar para durar mais
A bateria é o componente mais caro. Cuidar bem dela preserva autonomia e evita custos altos no futuro.
Boas práticas
- Evite zerar a bateria; recarregue na faixa de 20–30%.
- Para uso diário, manter entre 20% e 90% ajuda na longevidade.
- Guarde entre 40–60% se ficar semanas sem uso.
- Temperatura ideal: 10–30°C; evite sol direto e frios extremos.
- Use o carregador original e tomada aterrada.
Erros comuns
- Deixar 100% plugado por muitas horas todos os dias.
- Armazenar descarregado por longo período (risco de “morte por baixa tensão”).
- Lavar com jato d’água em conectores e porta de carga.
Dicionário rápido
- Wh (Watt-hora): quanto maior, mais autonomia.
- BMS: sistema que protege a bateria (sobrecarga, curto, etc.).
- Ciclo: um ciclo completo 0→100%; vários parciais contam como frações.
4) Segurança: equipamentos e pilotagem
Equipamentos corretos e técnicas básicas reduzem drasticamente o risco de quedas e lesões.
Equipamentos essenciais
- Capacete com boa ventilação e ajuste.
- Luvas e, se possível, joelheiras/cotoveleiras.
- Iluminação dianteira/traseira + refletores.
- Campainha/buzina para aviso a pedestres.
- Roupas claras/refletivas à noite.
Técnicas de pilotagem
- Olhe longe; antecipe buracos e tampas.
- Dois dedos nos freios em áreas movimentadas.
- Curvas: flexione joelhos, distribua peso e não freie bruscamente no meio.
- Segure firme em pisos irregulares; reduza a velocidade.
- Mantenha distância de carros estacionados (portas abrindo).
Checklist antes de sair
- Pressão dos pneus adequada; eixo e dobradiça bem fixos.
- Freios respondendo e sem ruídos estranhos.
- Farol, lanterna e campainha funcionando.
- Bateria suficiente para ir e voltar com folga.
5) Legislação: circulação e regras no Brasil
As regras podem variar por município/estado, mas há princípios comuns: respeite pedestres, prioridade no trânsito e limites de velocidade. Sempre verifique normas locais vigentes.
Boas práticas legais
- Use capacete e mantenha farol aceso à noite.
- Prefira ciclofaixas ou ruas calmas.
- Não circule em calçadas movimentadas (risco a pedestres).
- Respeite sinalização, semáforos e sentido das vias.
- Adapte a velocidade ao fluxo e às condições da via.
Evite multas e apreensão
Itens como conduzir em locais proibidos, desrespeitar sinalização ou transportar passageiro onde não é permitido podem gerar autuação. Consulte as regras do seu município.
Observação: este conteúdo é informativo e pode ficar desatualizado; confirme normativas locais atualizadas.
6) Rodando na chuva e em pisos molhados
É possível rodar com segurança em chuvas leves se você adaptar a pilotagem e cuidar da vedação elétrica. Para chuvas fortes, a recomendação é evitar circular.
Técnicas e ajustes
- Reduza 30–40% a velocidade habitual.
- Frene progressivo, evitando travar a roda.
- Faça curvas mais abertas e suaves.
- Prefira pisos regulares; evite faixas pintadas e tampas metálicas.
- Use capa de chuva e luvas com boa aderência.
Pós-chuva
- Seque o scooter, principalmente conectores e porta de carga.
- Lubrifique pontos móveis (conforme manual).
- Cheque freios e reaplique torque em parafusos da dobradiça se necessário.
IPX e resistência à água
Verifique o IPX do seu modelo. IPX4 resiste a respingos; IPX5/6 toleram jatos leves. Nenhum IPX garante imersão: evite poças profundas e lavagens com jato.
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